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Nome

 

Skogkatt, em dinamarquês, quer literalmente dizer gato dos bosques.

 

Origem

 

Fazendo jus ao nome, a raça vem mesmo dos bosques da Noruega, país montanhoso e recheado de fiordes e florestas. Aqui os Verões são curtos e frescos e os Invernos longos e duros, com neve e ventos fortes. Foi precisamente neste cenário agreste surgiu esta raça natural e pura. A sua sobrevivência deve-se a si e em nada ao Homem, criando defesas para sobreviver em estado selvagem.

 

A realidade dura que sempre rodeou este felino não interferiu no seu carácter, que nada tem de selvagem ou de rudeza. Os seus modos gentis e dóceis, bem como a beleza, cativaram os humanos, a quem serviam evitando que ratos e outros roeadores atacassem provisões. De empregados dos celeiros passaram a convidados de honra junto à lareira num ápice. Os concursos de raça vieram muito depois. 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Temperamento

 

Ainda que viva nas florestas, o bosque adora companhia e afecto, embora não necessariamente de ser agarrado e de passar horas ao colo. É calmo e paciente com crianças e outros animais, o que faz com que coexistam perfeitamente com cães e outros animais de porte. São curiosos, trepadores, inteligentes e sensíveis, mas também distraídos e audazes em excesso, sobretudo perante situações de perigo como janelas e varandas. Adapta-se perfeitamente a um apartamento ou a uma casa com jardim, apesar de serem necessários cuidados para que não os percamos de vista.

 

Prós e contras

 

O pêlo semi-longo não exige cuidados diários. A escovagem é, no entanto, importante uma vez por semana, principalmente na época de muda para libertar o manto do pêlo velho e acelerar a sua renovação.

 

Em casa deve ter um tronco de árvore ou um arranhador para que eles possam afiar as garras fortes. E, se possível, uma estrutura alta para que o gato possa trepar e descer à vontade.

 

Por muito que os irritem, os bosques da noruega não são agressivos para os humanos ou para outros animais. Brincam com as unhas recolhidas e preferem fazer carícias aos donos do que vinganças infrutíferas. Os arranhões, quando acontecem, são muitas vezes descuidos e quase sempre culpa humana.  

 

O grande contra é o facto de, provavelmente, não conseguir ter apenas um.

 

 

História

 

Os escandinavos defendem, numa visão romântica, que o Bosque da Noruega existe desde o primeiro dia da Criação. As certezas que existem é de que se trata de uma raça muito antiga e, como tal, protagonista em alguns contos e lendas ancentrais. Na mitologia escandinava, a deusa Frevja conduz uma carruagem puxada por dois grandes gatos brancos e o próprio Thor vê-se confrontado, a certa altura, por um gato gigante.

 

Os livros de História alegam ser esta a mais antiga raça do Norte da Europa, com cerca de 4000 anos. Estes gatos terão acompanhado as campanhas marítimas dos Vikings, em que, mais uma vez, tinham como missão manter os roedores longe dos porões. O passado auspicioso e heróico quase se perdeu, devido ao cruzamento livre com outros gatos, mas os esforços concertados de um grupo de admiradores depois do fim da II Grande Guerra salvou-o. Admitido a concurso na Europa, conquistou o nobre título de gato oficial da Noruega, concedido pelo rei Olaf. Na década de 1970, começou a ser exportado para o resto do mundo. Pan's Trul (foto ao lado) foi o gato que estabeleceu o standard oficial.      

  

Morfologia

 

A mudança anual do pêlo anual é muito pronunciada, tanto que na Primavera quase não se reconhece o gato que vimos no Inverno. O manto semi-longo, denso e impenetrável manifesta-se ainda mais extraordinário num gato com cinco ou mais anos, e apresenta uma enorme variedade de tons, desde o branco ao preto, passando pelo vermelho, creme, azul e as suas variantes silver e smoke. Os negros têm geralmente um pêlo menos espesso, uma vez que absorvem melhor o calor, ao contrário dos brancos, que mostram casacos mais ricos e um sub-pêlo mais denso, porque a reflectem.

 

O corpo é grande e musculado, com patas fortes e largas. O olhar vivo, expressivo e vigilante, acompanhado de grandes e largas orelhas, mostra-o em permanente alerta. A cabeça é triangular. A cauda grande e imponente, muito rica. 

Compilação de Dora Antoniou, criadora grega

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